Nos últimos quatro anos, um ponto comercial perto da minha casa recebeu 4 empresas diferentes.
Originalmente – e por muitos anos – foi uma loja de materiais esportivos, que fechou durante a pandemia. Depois, virou a franquia de um café (o quinto ou sexto em três quadras) e uma loja de roupas de streetwear. Ambos duraram pouco mais de ano. Por fim, foi um a loja de maquiagem, essa durou seis meses. Eu não conhecia os donos de nenhum desses, mas vi as reformas e as lojas sendo desmontadas.
Não sei exatamente porque não deram certo e – como eram marcas pequenas ou franquias de uma marca maior não consigo nem investigar, mas as lojas viviam vazias, mesmo quando abriram. Essa constância me fez pensar no que pode ter causado tantos fechamentos.
O ponto é bom e o preço dos produtos é adequado à região. Há um fluxo alto de pedestres durante o dia inteiro. Outros comércios prosperam na mesma quadra e região. Mas os que fecham parecem ter contado demais com a sorte. Como se ter um bom ponto fosse o suficiente para vender.
Se você vai abrir um comércio de rua, entenda que você vai ter um custo fixo mensal alto e, via de regra, nos primeiros meses vai queimar caixa: é a reforma, o estoque, funcionários, contas de luz, água e internet e qualquer outro insumo necessário. Provavelmente você não tem dinheiro para queimar por anos até a empresa se pagar, então, minha sugestão é garantir que quem está por perto conheça e não se esqueça da sua loja.
Há diferentes formas de fazer isso: eventos, brindes, influenciadores, publicidade digital, anúncios de alto falante, panfletagem, descontos, assessoria de imprensa, patrocínio em eventos. A lista de opções é grande. O custo até pode parecer caro, mas se bem feito pode ser o que vai fazer a loja manter as portas abertas.
Na foto, está minha cachorra Delfina Bombom.